segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Sentidos do amor





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Divagando ao assistir o filme SENTIDOS DO AMOR...

Quais os sentidos do amor? Qual o sentido do amor? Não sei, por isso divago. Através dos sentidos percebemos o mundo à nossa volta, as cores, os cheiros, os sabores, os sons. Através dos sentidos nos conectamos com o mundo, existimos, sentimos, amamos...

Através do olfato despertamos nossa memória afetiva, a saudade e as impossibilidades todas. Quando perdemos a lembrança do cheiro, do odor do amor e de quem se ama, vem o esquecimento. Perdem-se os laços. Nada mais importa, não existe mais prazer. Perdeu-se a capacidade de recordar, de reviver tudo de belo que se viveu. E choramos...

A perda das lembranças nos torna ansiosos, delirantes, inconformados, vorazes. Falta algo, falta tudo. Somos tomados por um vazio aterrorizador, uma vontade de preencher espaços, de fartar-se. Perdemos o paladar, o gosto pela vida, o delírio, a capacidade de encantamento...

Mas a vida continua, embora sem prazer...

E viver sem prazer nos revolta, nos enfurece, nos fragiliza. E nos fechamos para o mundo, estamos surdos. Tornamos-nos solitários, tomados por uma imensa sensação de abandono. Ainda assim, continuamos, seguimos a vida. Mesmo sem os sons, a música, a melodia e a alegria, nos restaram as cores...

A vida segue...

Mas de repente, vem a escuridão. Ficamos cegos...

E uma alegria profunda nos domina, sem explicação. Vem uma vontade louca de alcançar o outro, oferecer calor, compreensão, aceitação, perdão, amor. Vontade de valorizar a vida. Valorizar o pouco que restou. Estamos ali, juntos. Não perdemos o tato...

E então nos damos conta que para viver e amar é preciso estar perto, junto, sentindo os sentidos do amor...

Giu 

  



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