sexta-feira, 30 de abril de 2010

Fazer amor...


Imagem by Jomar


Um fragmento de inspiração...


Amor não se faz
Amor se sente
É perder-se um no outro
É unir-se, é encaixe
De corpo, alma e coração.

by Giu


"E agora o que vou fazer? Se os seu lábios ainda estão molhando os lábios meus? (...)" - NANDO REIS

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Pres (SENTIMENTO)


Imagem by Helen Minchin


Você não percebe que não sou uma mulher de metades, de se contentar com o pouco, com qualquer coisa. Sou passional, minha alma exala paixão, meus poros desenham pelo meu corpo códigos secretos que você não entende, não decifra, não pres (SENTE). Não tenho paciência para dramas, para problemas sem solução, para pessoas que se escondem atrás de ficções, que vivem de mentiras, de falsas ilusões.

Tenho o caráter do fogo, dentro de mim o que não se doma, o que não tolera a espera, a indecisão. Não sei bem ao certo onde foi que começamos a nos perder, só sei que a tua ausência foi tecendo o nosso fim, bordando em relevo os momentos em que te quero e não posso te ter, descosturando da minha memória a tua presença, apagando dos meus ouvidos o som da tua voz. São tantos os sinais, os presságios, pres (SENTINDO) que o meu destino é distante do seu.

Ah! Como eu desejei que a nossa história fosse diferente, que o encanto fosse eterno, mas ao me banhar nos raios da lua cheia, pres (SENTI) que me enganei.

Agora não mais pres (SINTO), sei.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Não entendo...


Imagem by Giu

Um pequeno fragmento de inspiração...

Tento entender mas não consigo.
Estou muda desde o dia que fiquei sem teus olhos, sem teu sorriso...

by Giu


JOTA QUEST - "Vem andar comigo"

terça-feira, 27 de abril de 2010

As grades da alma...


Imagem by Leonardo Peçanha


"Deus dá a todos uma estrela. Uns fazem da estrela um sol. Outros nem conseguem vê-la."
(Helena Kolody)


Escutei de alguém a seguinte frase, "me sinto como se estivesse preso em uma cadeia", referindo-se à um relacionamento amoroso.

As piores grades são as grades da alma, porque quem nos aprisiona somos nós mesmos, seja por acomodação, medo, wathever. São grades construídas ao longo da vida e são as piores porque invisíveis, não conseguimos tocá-las, somente sentimos seu peso devastador sufocando a alma, a essência, o coração.

Eu prefiro cercas. Cercas coloridas pelo amor, afeto, carinho, compreensão, companheirismo, afinidade, paixão, e é claro, com muito tesão porque "sem tesão não há solução", sem tesão somos meros seres sem vida olhando a vida acontecer lá fora, apesar de nós. Esse é o nosso maior pecado, deixar um vazio dolorido se intalar e morar em nós.

Vivemos procurando algo que preencha esse vazio e nos complete, nos transborde, pulse, vibre, derrube as nossas grades emocionais para construir cercas coloridas de felicidade, que esquecemos que as fontes de felicidade se encontram no mundo de dentro. Muitos encontram o que lhes falta, completa, mas são poucos os que derrubam as suas grades emocionais, atravessam a ponte e seguem outro caminho.

Todos os caminhos levam ao mesmo fim. Na vida há só o caminho e a felicidade é um desses caminhos. Compete somente a nós escolher como e com quem caminhar. Eu moro no caminho da felicidade, se você quiser pode vir caminhar comigo...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sobre mulheres e contos de fada


Imagem by Internet*

Era uma vez, algumas perguntas que não queriam calar, e foi assim que tudo começou...

Por que nós mulheres, independente da idade, credo, raça, condição social somos tão parecidas quando o assunto é amor, relacionamento, homens? Por que muitas de nós não consegue se libertar do que vou chamar aqui de "maldição dos contos de fada". Algumas mais amaldiçoadas, outras nem tanto, mas este não é o ponto e também não tenha curiosidade em saber em qual dos graus de maldição eu me encaixo, poucos sabem mas não abrem a boca, sob o risco de serem banidos do mundo de JAKUTINGA** .

Mas, voltando aos contos de fada, especificamente quatro: RAPUNZEL, BRANCA DE NEVE CINDERELA e A BELA ADORMECIDA. O que esses contos tem em comum? Muitas coisas, mas como diria Jack, vamos por partes. As mulheres nesses contos, com exceção das "princesinhas", são más. Enquantos os homens são bonitos, gentis, ingênuos, etc, etc, etc. Vou explicar...

No conto da RAPUNZEL, um casal morava ao lado de um jardim murado que pertencia a uma bruxa. Um belo dia, a esposa, no final da gravidez, viu uma árvore com suculentos frutos no jardim e os desejou obsessivamente (será que vem daí o lance dos desejos na gravidez?). Por duas noites, o marido invadiu o jardim da bruxa, mas na terceira noite, enquanto escalava muro e retornar para casa, a bruxa apareceu e acusou-o de furto. O homem implorou por misericórdia, e a bruxa concordou em absolvê-lo desde que a criança lhe fosse entregue ao nascer. Desesperado, o homem concordou e quando a menina nasceu, entregou-a à bruxa, que lhe deu o nome de RAPUNZEL, o nome da árvore cujos frutos o marido robou. O marido, coitadinho, fez o que fez porque a mulher o pressionou. E quem salva RAPUNZEL? Um príncipe, é claro.

Em BRANCA DE NEVE, a rainha é a má da história, mas por que ela é má? Porque é fútil e vaidosa, só pensa na beleza. "Coisa" de mulher na cultura ocidental, européia (a origem do conto é a tradição oral alemã), porque na mitologia greco-romana quem representa a vaidade é Narciso, um homem. Bom, acredito que todo mundo conheça a história por isso vou me ater aos pontos que me interessam. O pai é bonzinho, o caçador que não a matou é bonzinho, os 7 anões são bonzinhos (com excessão do Dunga depois que virou técnico da seleção) e o príncipe que dispensa comentários.

A BELA ADORMECIDA, foge um pouco da regra de só as mulheres serem más, porque na verdade doze fadas eram boas, só uma era má, a que não foi convidada para o batizado, e de tão enciumada jogou um feitiço, que todo mundo sabe qual é, blá, blá, blá. A BELA ADORMECIDA dormiu por cem anos até que o seu amor verdadeiro a despertou com um beijo.

O conto da CINDERELA é o que mais reúne mulheres más: uma madrasta, duas irmãs invejosas e mais um monte de mulheres que trabalham na casa, vêem tudo e não fazem nada. Mas o que mais me incomoda neste conto é a inércia da moça, pois em todos os outros, mesmo sendo tão bobinhas, elas de alguma forma souberam se "virar", porque ser gata borralheira todos nós um dia fomos ou podemos ser, mas daí sentar e esperar o prícipe com o sapatinho de cristal já é demais.

O fato é que, crescemos ouvindo essas estórias. Será por isso que muitas de nós mesmo quando estamos em um relacionamento que nos faz mal, em que não somos as más da história, ainda assim nos sentimos culpadas e por isso no dever da penitência de ser infeliz ao lado de quem não nos merece? E outras, que ainda insistem em acreditar em príncipes encantados e passam a vida inteira esperando? Sinto dizer, príncipes encantados não existem, o que existe são homens de carne e osso, cheio de defeitos e qualidades, assim como nós.

Para você, que teve saco de chegar até aqui, vou contar um segredo. No meu batizado, no reino da JAKUTINGA, a fada que não foi convidada jogou um feitiço, "essa menina vai dar trabalho".

THE END (ou não...)

* Imagem: escolhida pela minha super amiga Yaku-za, aliás, somos uma dupla imbatível, Pinky & Pinky, Cano & Gancho S/A, Houston & Apolo 13 e Super Gêmeas Ativar.

**JAKUTINGA: um reino encantado também.

domingo, 25 de abril de 2010

Baú de Guardados II


Imagem by Paulo Cesar


Mais uma do baú, 1992.


NEBULOSA

O tempo é tua balada
A noite, teu teto
A lua, teu farol
A vontade, tua estrada
Um pedaço de mundo, horizonte sem fim.

Um poeta ambulante
Abrindo portas, disfarçando medos
Riscando os caminhos com emoção, nem sempre inteiras
Buscando páginas para teus versos
Um porto para os teus sonhos inquietos.

Um menino assustado
Presa fácil dos sabores passageiros
No fundo um anjo, de asas azuis como os sonhos
De peito aberto, sem rumo certo
Querendo sempre mais que o infinito.

by Giu


Luther Vandross cantando "Killing me softly"


sábado, 24 de abril de 2010

Foi assim como ver o mar...


Imagem by NEST

"O tempo se mede com batidas. Pode ser medido com as batidas de um relógio ou pode ser medido com as batidas do coração (...) o tempo do relógio é indiferente às tristezas e alegrias. Há, entretanto, o tempo que se mede com as batidas do coração. Ao coração falta a precisão dos cronômetros. Suas batidas dançam ao ritmo da vida. Por vezes tranquilo, de repente se agita, tocado pelo medo ou pelo amor. Dá saltos. Tropeça. Trina..." (Rubem Alves)


Às vezes sinto uma tristeza profunda, alguns fantasmas voltam a rondar, algumas coisas que moram na minha alma e não conseguem cicatrizar, como a tristeza de amor, a tristeza de um vazio que deseja o pleno. Bastaria um encontro, um sorriso para iluminar a alma, arrancar do peito a tristeza que fez morada quando você de mim partiu, deixando um buraco na minha alma, um vazio, a falta de você, "saudade é a presença de uma ausência, um vazio que dói" (Rubem Alves).

Tem sentimentos que deveriam permanecer bem enterrados e o meu amor por você é um deles, mas o que fazer com o incontrolável, com esse vulcão dentro do meu coração, que só com a possibilidade, ainda que ínfima, de te encontrar, entra em erupção? Toma conta de todos os meus pensamentos, solidificando ainda mais, com suas lavas emocionais, o meu amor por você, o te querer, te desejar com sofreguidão, quase uma loucura, "e me vingar a qualquer preço, te adorando pelo avesso, pra mostrar que ainda sou tua" (Chico Buarque).

Descobri que o amor ignora os abismos do tempo, ignora a distância física porque continua vivendo da proximidade de alma, da certeza do encontro. Esperar e ansiar ter novamente o calor do abraço, o gosto do beijo, a luz do sorriso e o reencontro do olhar. A distância não apaga, ela acende o amor até quase queimar, arder, delirar. Nós dois sabemos que somos um do outro, sempre fomos, sempre seremos. Escolhemos em todas as nossas vidas nos encontrar, somos yin e yang e somente quando estamos juntos a felicidade acontece, "ainda te sinto em tudo que permanece" (Alice Ruiz).


"Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar..."


TODO AZUL DO MAR (Flávio Venturini)


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Beijo II


Imagens by Internet


Um pequeno fragmento de inspiração...

Beijo é sol, é lua
Um eclipse de desejo
Tua boca na minha
E a minha na tua.

by Giu


quarta-feira, 21 de abril de 2010

O CIRCO


Imagem by DDiArte

O circo, o maior espetáculo da terra. Talvez a melhor lembrança da infância, dos melhores anos da nossa vida, das fantasias mais deliciosas, dos medos mais imaginários, da melhor época de ser criança. Lembro quando o circo chegava, era a maior festa. Ficávamos sonhando com o momento de adentrar a lona e ver os palhaços, dar muitas risadas.

O palhaço é a alma do circo, é ele que através das estripulias nos encanta, trás à tona o riso contido a muito tempo, abafado pelo cotidiano, pela vida. E o colorido do circo? Eu ficava encantada com as dançarias em seus collants , hoje bodies (rsrs), de lantejoulas, hoje paetês (rsrs), puro glamour. Achava que eram as mulheres mais lindas do mundo, as mais desejadas, as mais invejadas.

Cresci e observei estarrecida a diferença do circo da minha infância para o circo atual. O circo hoje não é mais o mesmo, perdeu o seu brilho, perdeu o seu público. Culpa do circo? Dos artistas? Claro que não, a culpa é nossa, seu respeitável público, que se deixou seduzir por outros tipos de diversão e esqueceu como é encantadora a simplicidade alegre do circo.

"São as crianças que vêem as coisas - porque elas vêem sempre pela primeira vez com espanto, com assombro de que elas sejam como são. Os adultos, de tanto vê-las, já não vêem mais. As coisas - as mais maravilhosas - ficam banais. Ser adulto é ser cego".
(Rubem Alves)

Estamos hoje tão envolvidos em nossos mundos que esquecemos de olhar o lado bom da vida, e o circo é um deles. A possibilidade da alegria, de rir sem pudor, de deixar o lado criança renascer. Por isso, senhoras e senhores, respeitável leitores, não deixem de ir ao circo. Permitam que a magia e o encantamento faça parte da sua vida e abram novamente os olhos e o coração.

O espetáculo vai começar...

Baú de Guardados I


Imagem by Carlos de Souza Santos


Baú de Guardados, 1990.


“Experiência é aquilo que nos passa, ou que nos toca, ou que nos acontece, e ao passar-nos nos forma e nos transforma...”
(Jorge Larrosa)



Remexendo meu baú de guardados, encontrei algumas poesias, papéis amarelados, lembranças, memórias, um cheiro de guardado. Algumas me fizeram sorrir, outras chorar, revisitar, ainda que por segundos o momento vivido.

Esta poesia em especial foi feita para um grande amor do passado, escrita no leito de morte deste amor, um amor que parecia ser para sempre, que naquele momento eu queria que fosse para sempre, não foi.

Todos os amores da nossa vida são grandes amores no momento que estão acontecendo, sendo vividos, experimentados. Amores passados são marcas que nos acompanham pelo resto da vida e feliz daquele que em algum momento é lembrado, recordado, porque soube amar e ser amado.

Quem nunca viveu um amor não viveu o melhor de si. O amor é rara oferenda, não a perca...


EM SILÊNCIO

Em silêncio te respiro, lenta e vagarosamente
Te tomo nos braços, me explico
Procuro conhecer as tuas formas
Os teus contornos, tuas fantasias.

Em silêncio vou te consumindo
Tentando entender os teus motivos, os meus
Se somos almas gêmeas, formas opostas
Ou dois loucos a procura de uma ponte.

Em silêncio caminhamos rumo ao desconhecido
À um novo encontro, ousadia repentina
Tentando retomar a vida
Reencontrar os sentimentos perdidos.

Em silêncio nascendo no peito uma angústia
Nossas diferenças rondando o coração
Nossas intolerâncias vencendo a paixão
E uma escuridão indicando a estrada, o caminho.

by Giu

terça-feira, 20 de abril de 2010

Bem-me-quer, mal-me-quer


Imagem by João Martins

Um pequeno versinho, engraçadinho...(rsrs)

Bem-me-quer, mal-me-quer
Bem-me-quer, mal-me-quer
Bem-me-quer, não-me-quer
Mas tem quem quer...

by Giu

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ser livre...


Imagem by Daniel Marques


"As asas da alma se chamam coragem. Coragem não é a ausência do medo. É lançar-se, a despeito do medo".
(Rubem Alves)



Ser livre. O que é ser livre?

Somos tão dependentes das nossas verdades, tão viciados nas nossas crenças, que deixamos de ser livres para viver uma pacificação ilusória, ser coerente. E assim, nos tornamos reféns da grande maldição de viver eternamente infeliz por não ter coragem de levantar a âncora e partir, ser livre.

Para ser livre é preciso encontrar os nossos esconderijos mais profundos, onde habitam nossas angústias, dúvidas, medos e encará-los de frente. É preciso exorcizar nossos demônios. É preciso entender que passado é passado, não adianta tentar reproduzir as suas cores porque o tom nunca será o mesmo. É preciso não ter medo do novo e ter coragem de se entregar à desorientação, taquicardia, palpitação.

Para ser livre é preciso ousar, contrariar tudo aquilo que parece natural porque sempre existiu. Ousadia implica coragem, desprendimento, aceitar os desafios, os enigmas. Esta é a chave para decifrar alguns enigmas através dos quais o amor se manifesta, "aceitar o enigma sem o deslindar é aprender a viver; é amadurecer: exige trabalho interior penoso, grandeza, equilíbrio e autoconhecimento" (Artur da Távola).

Para ser livre é preciso querer ser livre. É preciso deixar de ficar observando a vida passar ao lado como um rio de águas límpidas. É preciso ser como um rio, que segue e é cristalino porque sempre teve a coragem de ser rio e fluir, seguir, sem dor, sem peso, simplesmente ir...livre, ao encontro do maravilhoso.

Para ser livre é preciso "coragem de rio", coragem de seguir, leve, límpido, cristalino. Coragem de ser rio que quando diante de um obstáculo busca caminhos, busca felicidade. Os rios sabem realmente o que é amar, sabem se entregar e deixar correr ao sabor da correnteza.

Só é livre quem é capaz da independência e aceita as dependência da vida, principalmente as do amor. E assim, torna-se verdadeiramente livre e FELIZ!!!

domingo, 18 de abril de 2010

Só meu


Imagem by Brice Hardelin

Um pequeno fragmento de inspiração...

E quando o teu corpo toca o meu
Quando o teu sexo busca o meu
Uma ânsia louca me invade
Vontade de te sentir
Te possuir
Te fazer meu
Só meu

by Giu


"Beautiful" by Josh Zandman (filme "Nothing Hill")

sábado, 17 de abril de 2010

Procura-se um amor...


Imagem by Annie


A eterna busca do ser humano, amar, viver um grande amor. O amor não pode ser busca, o amor é descoberta, ele simplesmente acontece, tem seu tempo, seus segredos, seus mistérios. O amor é perfeito, pleno, cristalino.

Enquanto nós, somos um fazer-se sem descanso, e é justamente essa nossa incompletude que nos proporciona a oportunidade de viver um amor. Viver é como um quebra-cabeça, é procurar encaixes, é buscar o outro que me completa. A busca de um amor é a nostalgia pelo pedaço que me falta, a peça desencaixada desse quebra-cabeça.

Essa procura trás ansiedade porque tentamos várias peças que pareciam encaixar, mas não há encaixe, e então sofremos. Não nos damos conta que o amor é mágico porque é surpresa, ele acontece, muitas vezes onde menos esperamos. Amar é ser pego em flagrante já amando, é se encontrar numa curva qualquer da vida e se entregar um ao outro.

Serena teu coração, aplaca a ansiedade, deixe a vida te levar ao encontro do maravilhoso...


"Deixe o seu amor ser a mais verdadeira expressão de tudo que você é. Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma do amor: Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz". (Artur da Távola)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sobre plágios (Marla Queiroz)


Imagem by Pereira Lopes

Um texto do Blog de Marla Queiroz sobre o plágio. Acredito que tenha tudo a ver com o texto de ontem e como diz alguém que adoro, mas que detesto a expressão, " na sequência" . Explicando: " te ligo na sequência" (rsrs)

"Quando alguém se apropria de um texto sem dar os créditos ao autor, essa pessoa se apropria de um momento, de uma história que a inspirou, da oscilação dos sentimentos, de trocas íntimas.Ela se apropria de uma transa, de um abraço, de uma vitória, de uma dor, de uma cura e de horas que foram dedicadas à elaboração daquilo. Ela se apropria de uma lembrança, de uma saudade, de uma angústia, de uma solidão, de um talento. Ela se apropria de algo que pode exemplificar exatamente o que ela queria dizer, mas que teria dito de outra forma.Ela não escreve uma história, ela escreve uma farsa.

Por mais que um texto meu pareça fluido ou que eu tenha “facilidade” em escrever, este é um ato solitário e de muita entrega. As palavras são temperamentais e, muitas vezes, arredias. Seduzi-las será sempre um desafio. Compartilhar um texto é um ato de generosidade, porque se compartilha, antes de tudo, uma nudez. E é essa honestidade que tantas vezes desanuvia o coração de alguém que descobriu que não está passando pela mesma situação sozinho. Compartilhar é uma forma de dar calor, de segurar a mão, de fazer um afago, de pedir colo. Por mais simples que seja um texto, ele sempre é fruto de muita leitura, estudo, autoconhecimento, conversa, observação e trabalho. Por isso, o autor merece respeito e consideração. Talvez algumas pessoas não saibam, mas textos são como filhos que a gente solta no mundo, mas todos eles têm uma certidão de nascimento, uma identidade, uma digital.E serão reconhecidos mesmo que desfigurados, porque têm DNA.

Marla de Queiroz

P.S.: Esse texto foi escrito porque uma menina, já acusada de plágio por outra blogueira, faz um mosaico dos meus textos e os assina, sem me dar crédito ou dizer que é uma adaptação, só publica comentários aprovados por ela e, os elogios que recebe, por algo que não é dela, agradece: ao menos é educada! rsrsrsrsr. Enfim, eis aqui a inspiração do texto:

http://quasetudoquasenadaa.blogspot.com/

(Tenham muito cuidado com isso. É desanimador para um escritor ter seu trabalho roubado. Mas uma honra tê-lo divulgado em blogs e e-mails e orkuts com seus devidos créditos. É por isso que não protejo os meus textos: para que possam copiá-los na íntegra.)

P.S.: Aproveito pra dizer que vou viajar por uns dias e espero voltar com tantas novidades e textos leves e líricos. E que peguei mais exemplares do meu livro, mas não estou conseguindo responder com imediatismo a todos os e-mails. Obrigada por tanto!"

Para ler mais textos de Marla Queiroz, http://doidademarluquices.blogspot.com/

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A inveja


Imagem by Márcia Perez (Pantanal sul-matogrossense)
`

De todos os sentimentos demasiado humanos o que mais me assusta e me causa pavor é a INVEJA, porque é peçonhenta, é sorrateira, é maldita, é magra. É assim tão magra porque morde mas não come, não existe pra si, existe pelo outro, suga mas não se alimenta. É pálida, desbotada e medíocre. Acredita viver da infelicidade dos outros mas é da sua infelicidade que se alimenta e se retroalimenta.

Rubem Alves utiliza uma estória para definir a INVEJA. Um homem encontra um gênio da lâmpada. Como já é de se esperar, o ser flutuante pode realizar todos os sonhos do sortudo, basta que este os verbalize. Ao imaginar todas as belezas e tesouros do mundo, de repente o homem se entristece, pois recebe do gênio uma notícia que não esperava: "a cada desejo realizado, o seu pior inimigo receberá em dobro o que foi pedido". O homem pensa, pensa, pensa e pede: "ME FURE UM OLHO".

Assim é a INVEJA e o invejoso, infeliz, porque é pequeno, é mesquinho, é feio.

O invejoso é o pior cego porque não se enxerga, não percebe que ninguém brilha com a luz do outro, que somente conseguimos brilhar com luz própria, que é uma soma de várias luzes, luzes dos outros, luzes ofertadas com amor, carinho, alegria, amizade, fraternidade, bem querer. Só brilha também aquele que é capaz de doar sua luz, com desprendimento, porque tudo na vida é uma troca, de energia, de luz, de carinho, de amor.

Só consegue brilhar e doar luz aquele que tem a alma leve e o coração puro, que sabe que tudo o que ofertar de coração, lhe será retribuído em dobro, triplo, quadruplo, exponencialmente e infinitamente. E que por ser assim feliz, sua luz nunca vai deixar de brilhar.

Mas para isso é preciso despertar para o belo, para o bom, para a felicidade. Um despertar solitário porque de alma, essência, sentimento. Tenha coragem de tornar-se uma pessoa melhor.

O pôr-do-sol começa dentro da gente antes de começar no poente...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Eu preciso dizer que eu te amo...

Muitas vezes a gente não tem coragem de dizer ou escrever EU TE AMO, e é nessas horas, assim como em tantas outras que uma música pode dizer muito mais que muitas palavras...


"E eu não sei que hora dizer. Me dá um medo, que medo..."
By Dé, Bebel e Cazuza

Metamorfose...


Imagem by Roberto Gamito


Escrever é um ato de fé, salvação, ressurreição, transformação e tantas outras coisas que é quase impossível uma definição absoluta. Quando escrevo me sinto livre, me liberto um pouco de mim, das minhas angústias, dúvidas, dores, medos. Acredito ser assim com a música, com pintar um quadro, whatever, com todas as coisas, através das quais, colocamos para fora o que temos na nossa essência, os sentimentos, a tonalidade da nossa aura.

Não sei dos outros, sei de mim e faço uma confidência, escrever é um ato de coragem. Ontem levei uma sacudida do Camaleão, para eu me soltar mais, me jogar, mas confesso que isso para mim ainda é um pouco difícil. Relutei anos para expor o que escrevo porque em cada linha, em cada frase tem muito de mim, do que penso, do que sinto e do que sou.

Esse “mostrar-se” é como uma metamorfose, um processo, em todos os sentidos. É um “virar borboleta”, sair do casulo, bater asas e voar. Virar borboleta é um pouco dolorido porque muitas vezes a gente resgata sentimentos e emoções que estavam "acomodados", muitas vezes não somos compreendidos e são tantas as vezes que nos assustamos, para o bem e para o mal, com o que sai de dentro de nós em forma de “escrita”.

Como tudo é movimento, é dialético. Nada é definitivo, tautológico. Eu escrevo! E assim a minha vida torna-se uma eterna metamorfose, uma eterna possibilidade de renascimento, um eterno transformar-se, formar-se, amar-se. Por acreditar nisso, meu perfil no blog é “Em eterna construção, um lego? Não nego!!! Só por diversão...”

Mas não só por diversão, por sobrevivência também, porque só sobrevive e vive a vida de verdade quem permite transformar-se, doar-se. Quem não entende que apesar de nos sentirmos mais acolhidos com a segurança do passado conhecido, é necessário "levantar a âncora", navegar outros mares, porque quem anda olhando para trás acaba tropeçando e, pior ainda, perdendo toda a paisagem.

Permita-se virar borboleta, permita-se voar. Depois que eu me permiti, espero de alguma maneira estar me tornando uma pessoa melhor...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Beijo I


Imagem by José Ferreira

Já que hoje é o DIA DO BEIJO, um fragmento de inspiração...

Te beijei a boca, a alma
Te beijei a nuca, os olhos
Decifrei a tua essência
Acariciei a tua loucura
Fui a primeira mulher nua de verdade na tua vida.

by Giu

Confissão


Imagem by Helder Vasconcelos

Ele diz que se sente aos seus pés
Um incontrolável desejo de possuí-la
De ter, amar, domar, devorar, arder
Foi tocado pela vertigem.

Ele confessa que sente uma febre terçã
Um desejo insano do encontro de peles
De misturar os fluídos, os delírios
E algumas fantasias perigosamente pervertidas.

Ele declara que o seu amor não tem pudor
Não aguenta mais a urgência, a pressa da paixão
O desejo latente, absoluto, definido
Muito além dos sentidos.

Pode mudar as estações, as fases da lua
A sua loucura continua.

by Giu


Slave to Love (Brian Ferry) - 9 1/2 WEEKS

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Os homens de Oz


Estou apaixonada. O objeto de desejo? Um scarpin vermelho. Antes de me pregar na parede, me chamar de fútil, vou explicar ou não, afinal já passei da idade de dar certas explicações. As feministas que me desculpem, mas será que até elas resistem? Enfim, foi essa minha paixão que me fez refletir e foi aí que tudo começou.

Lembrei da Terra de Oz, do mundo mágico, povoado por vários povos e dominado pelas bruxas do Leste e do Oeste. Na estória existe três personagens, o homem de lata, o leão e o espantalho, que seguem junto com a Dorothy e seus sapatos de rubi pelo caminho dourado. Cada um deles em busca de algo que lhes falta, o homem de lata de um coração, o leão da coragem e o espantalho de um cérebro.

E foi aí que veio o estalo. O que nós mulheres preferimos ou queremos não encontrar nos homens? É claro que sabemos que perfeição não existe, então qual é a busca, se é que ele existe, qual o homem ideal? Na adolescência, temos uma vaga ideia do que é essencial num homem: que seja um sapo. Explico, um sapo que ao ser beijado transforma-se em um lindo príncipe, dando assim início à uma longa e maravilhosa história de amor.

O tempo passa, nós mudamos e consequentemente nossos conceitos e buscas também mudam, depois de alguns começos, finais e uma coleção de histórias bem e mal contadas, finalmente descobrimos que muitos príncipes viram um chato, outros nem tanto, alguns não. E aí volta de novo à pergunta, entretanto, não querendo e não podendo extender a lista de características buscadas, mesmo porque na estória são somente três os personagens.

Conversando com algumas amigas, levantamos algumas hipóteses de qual dos três seria mais "adequado" (rsrs):

1) O leão, tadinho, foi o menos votado. Realmente, acredito que a falta de coragem seja algo detestável em um homem. Nada mais insuportável do que um homem que não tem coragem de dizer o que sente, o famoso "amigo do peixe e camarada da isca", que não tem coragem de amar, se entregar e correr os riscos que isso envolve. Por isso, quase nada é tão decepcionante e esfrangalha tanto os nervos de uma mulher, como dividir a vida com um homem assim.

2) O espantalho, à queima roupa foi o preferido, o homem burro porém só se tivesse uma conta bancária "gorda". Quem sabe, algum sultão de Brunei com um palacete tão grande que não houvesse risco de nos encontrarmos menos do que de seis em seis meses, mas aí teria a Burka, os véus, a submissão. Conclusão: homem burro nem se fosse cravejado de diamantes e nisso concordo com a Ailin Aleixo, "homem burro é feito churro, pode até dar água na boca quando se olha, mas mal se acaba de comer e já causa indigestão. Sem falar na culpa que bate por a gente não ter gastado as calorias em algo mais refinado".

3) O homem de lata (lembrando: esta foi a melhor opção porque só haviam três). O que é um homem sem coração? Difícil definir, talvez seja por isso a escolha quase unânime. Acredito que são aqueles homens que se julgam acima do bem e do mal, onipotentes deuses de seus medíocres microcosmos que carregam dentro de si o vazio. Fazem um esforço danado para não se perderem numa paixão e sempre manterem o controle. E conseguem. Conseguem não viver.

É claro que não tem como chegar a nenhuma conclusão, afinal o grande barato da vida é amar e ser amado. A gente ama porque o amor existe, simples assim, pois quando é necessário justificá-lo, procurá-lo, racionalizá-lo, é sinal de que ele não está ali. Não existe receita, dicas, técnicas, normas, a gente ama porque ama, porque quer verdadeiramente estar, porque sente o impulso de permanecer, sem mais complicações. E, acima de tudo, aprender que cada um "terá que correr o sagrado risco do acaso e substituir o destino pela probabilidade", porque o que torna a vida interessante é o fato de não a controlarmos, afinal, não existe nada mais maravilhoso do que poder ser surpreendido.

Ah! E o sapato vermelho? Amo porque amo, simples assim (rsrs)

domingo, 11 de abril de 2010

Ato de contrição


Imagem by Graça Loureiro

Combinei comigo
Não falar meus sonhos,
Meus sentimentos.

Serei mais contida, quieta
Não vou falar nada, nadinha
Assim será.

Não vou sussurrar, nem gemer
Nenhum som, respiração muda
Silêncio absoluto.

Vou te tirar da minha vida
Seguir em frente
Enganar meu coração, minha mente.

Mas ainda me pergunto
Como vou conseguir?
Se na verdade, te quero muito.

by Giu

sábado, 10 de abril de 2010

Ponto Final.



Imagem by Carla Salgueiro

A coisa mais triste que tenho a dizer.
A coisa mais triste que já me aconteceu.
Desisti de você.
Desisti de te amar.

Não vou brigar.
Não vou me vingar.
Não quero mais entender nada.
Simplesmente desisti.

Tanta coisa dentro do peito.
Tanta vida e tanto amor.
Agora, já não quero mais.
Só quero deixar a vida fluir.

Quero desaparecer.
Deixar tudo para trás.
Não levar nada.
Não quero mais nada.
Ponto final.

by Giu

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Nunca mais...


Imagem by Roberto Gamito

Cansei das suas promessas
Vou buscar outros amores
Outras intenções.

Vou usar disfarces
Muitas máscaras
Para esconder a solidão.

Vou cansar de tanto correr da dor
Vou sabotar cada tentativa de te querer
Não vou me permitir sofrer.

Nem uma lágrima
Nem um olhar perdido
Nem uma nota triste no meu ouvido
Nada de você, nunca mais...

by Giu

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Desejo e Amor


Imagem by Alexander Kharlamov

DESEJO
Explora
Prova
Devora
Consome
Ingere
Digere
Se autodestrói

AMOR
Assimila
Absorve
Possui
Cuida
Preserva
Protege
Se autoperpetua

Desejo e amor encontram-se em campos opostos e fiéis à sua natureza, o amor empenha-se em perpetuar o desejo, enquanto o desejo esquiva-se dos grilhões do amor.

Eis a concluão, ou não.

by Giu

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Para alguém...


Imagem by Giu

Hoje, ao ler um poeminha do Patativa do Assaré, lembrei de alguém...

"Pra gente aqui ser poeta
Não precisa professor.
Basta vê no mês de maio
Um poema em cada gaio
Um verso em cada flô"


E então escrevi para esse alguém...



É assim que eu te sinto, que sinto a tua essência, doce, bela, suave, pura, simples, encantadora. Aconteça o que acontecer, quero que saiba que me sinto presenteada por ter descoberto a pessoa linda que você é.

Essa descoberta foi uma grata surpresa, que vou trazer pra sempre dentro do meu coração.

Você conseguiu despertar em mim sentimentos que há muito não sentia. Sentimentos que eu pensava ter perdido pela vida e outros que sem perceber guardei no canto mais "longínquo" do coração.

Hoje sei que eles estavam sempre ali, ainda que esquecidos, desbotados, empoeirados, mas latentes, à espera de alguém que os trouxesse à tona. Você fez com que eles ficassem vivos, coloridos e poetizados novamente.

Faz alguns dias que estou pensando na frase de São Tomaz de Aquino: "o que é que eu amo quando te amo?". Hoje, consegui entendê-la, absorvê-la: nós amamos as pessoas por aquilo que de belo elas fazem nascer em nós.

Você trouxe à tona a minha parte mais bela, a que eu lutava em deixar escondida, adormecida, a vontade de amar.

O mágico disso tudo foi descobrir que não basta simplesmente amar, é preciso querer amar. Mais ainda, é preciso deixar alguém te amar. Porque amor se sente, amor se dá, se doa, simples assim. Amor se recebe também.

Amar é deixar-se levar como as nuvens, ao sabor dos ventos, mas é a insistência que produz o amor, não o deslumbramento. É a insistência da poesia, do toque, do gosto do beijo, do perder-se um no outro, do olhar que nos ata e parece não poder mais desprender.

Só esse despertar já valeu a pena, pois trouxe a possibilidade de ser feliz ao te fazer feliz, porque só podemos dar aquilo que nos encanta, que nos transborda na alma.

E mesmo que passe uma eternidade, você sempre fará parte da minha vida, a parte mais colorida, a parte mais querida, a mais bonita, como diz o Chico: "pra que os olhos do meu bem não vejam mais ninguém".

Living


Imagem by Adrian Batista

A casa esta vazia.
Agora dorme o inesquecível ser
em alento vazio.
Lá fora estremecem dinossauros
em um tempo perdido.

O sono adormece
e nem um cigarro é perdido.
Amanhã quando o novo aparecer
rangerá ao ouvido uma dor não esquecida.

by Marcos de Castro

terça-feira, 6 de abril de 2010

É você, só você, com você...


Imagem by Dorival Zucatto

Não deixe quebrar, não deixe romper
Corra e cole os pedaços
Corra e segure meus pés no chão
Porque eu estou quase voando
É fácil, basta você querer
Eu ainda te quero tanto

Venha logo, traga de volta a minha certeza
Eu ainda estou aqui por você, limpa, ilesa, sua.
Venha agora, não espere a saudade, o arrependimento, o vazio.
Preciso saber que seu peito se aperta quando vou embora
E se espalha como borboletas nas veias quando eu chego.

Eu preciso que você me surpreenda
Eu ainda quero viver com você
Esqueça um pouco de todo o resto pra se encantar sem medo do tempo
Venha agora, ganhe a corrida, passe todo o resto pra trás
É você quem eu continuo esperando na linha final.

by Giu

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Yin/Yang


Imagem by Candida Andrade

Você é minha polaridade
Sua doçura abranda minha compulsividade
Me amansa, me doma
Me deixa feliz.

Não quero ser sua paranóia, alucinação
Quero ser a parte mais gostosa da sua vida
Mais leve, a que te dá mais prazer
A que te faz mais feliz.

by Giu

domingo, 4 de abril de 2010

Meu poeta...


Imagem by Fabiano

Ah, meu poeta
Como eu queria
Ter a sua fúria de inspiração
Essa mina, que brota, flui
Esse jorro de emoções
Quase um gozo
Delírio sem fim.

by Giu

sábado, 3 de abril de 2010

Off-white


Imagem by Marco Niemi

No sonho moro em New York
Passeio pelo Central Park e ouço jazz
Meu inglês é perfeito
Tomo meu café no Abraço.
Sonho acordado em Bonito
O som que me condena a alma é indefinível
Meu português é perfeito
Mas sou mudo.
Me disseram para percorrer o mundo
Mas o pequeno
Encostra os meus pés.

by Marcos de Castro

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Perco-me em ti...


Imagem by João Cigano


O que fazer quando a gente acorda com o coração apertado, uma vontade louca de fugir, criar mecanismos de defesa para se afastar de alguém? Vontade de dar um tempo, quem sabe navegar outros mares, beijar outras bocas, inventar um outro amor.

A gente pensa em dar um tempo, e então percebe que, dar um tempo na verdade é invenção para não sofrer, porque, dar um tempo faz sofrer, pois não se diz a verdade. Desistir ou enfraquecer o amor pelo medo de sofrer é deixar de acreditar na paz que vem com a tormenta, é favorecer o mal entendido e abolir a esperança.

É preciso aceitar que amar é imprevisível, não tem lógica. Que o amor é atrito, é explosão, é não deixar para depois. Que o mistério do amor é não entendê-lo a ponto de preveni-lo, pois prevenir o amor é matar a capacidade de aprender com as suas conseqüências.

Não existe preparação para amar, não existe roteiro. Talvez por isso o medo, esse tolo inútil. O amor não está nem aí para o que acreditamos ou deixamos de acreditar. Ele acontece, apesar de nós.

Por tudo isso, é preciso trazer a salvo o que ainda não abrimos juntos e não deixar o outro partir...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Mentira


Imagem by Adianez

Dia da mentira, por que não existe o dia da verdade? Porque todo dia é dia da verdade? Mentira...!!! (rs).

Decidi que hoje, no dia da mentira, vou falar também sobre a verdade, porque como diz Heráclito (filósofo pré-socrático considerado o pai da "dialética"), tudo é dualidade, tudo são opostos, noite/dia, claro/escuro, verdade/mentira.

Mas o que é a verdade? Talvez uma pergunta filosófica demais, difícil de responder, uma vez que a verdade pode ser várias. A minha verdade pode não ser a sua verdade, assim como a minha e a sua, ainda que conflitantes, pode ser a verdade de outro.

A verdade muitas vezes pode não ser tão bela, pode ser cruel, causar dores, ser triste. No entanto, o seu significado e a maneira como a encaramos é que faz toda a diferença. Já a mentira pode ser bela, doce e agradável na superfície, entretanto na essência ela acaba sendo sorrateira e cruel.

Eu prefiro a verdade, ainda que não seja a que eu quero, à uma doce mentira. A mentira não se sustenta, precisa de outras mentiras para continuar existindo e acaba gerando um efeito cascata de consequências imprevisíveis.

Mas o pior mentiroso de todos é aquele que mente para si mesmo.

Verdade ou mentira?