quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Contos sem fadas



Imagem by Internet




Como estamos no mundo das metáforas, fantasias e analogias. Não resisti! Mais uma DELÍCIA sequestrada.



"Era uma vez uma menina delicada que preferia o bandido ao mocinho.

O príncipe vivia preocupado com o topete enquanto cavalgava no cavalo branco. Já o bandido, não estava nem aí e saía em disparada no cavalo mais veloz que pudesse encontrar.

O mocinho era babão e enfadonho, e só a fazia feliz no final. Ela queria ser feliz agora... No máximo daqui a pouquinho.

Queria emoção, reboliço, estardalhaço. E o príncipe...combinava com pasmaceira.

Por isso gostava do bandido: ele deixava a barba por fazer, arranhava. Usava palavras lascivas, não fazia questão de agradar.

Tanto fez que um dia conquistou o mau elemento.

Apaixonado, o bandido já não usava os modos costumeiros. Trazia flores, escrevia poesia rimada, usava gel.

A mocinha agora o tinha nas mãos.

Incorfomada, roubou o primeiro cavalo que conseguiu encontrar. Despreocupada com o penteado, fugiu sem olhar para trás."


by Flah Queiroz




Texto sequestrado da CONFRARIA DOS TROUXAS http://confrariadostrouxas.blogspot.com/2010/09/conto-sem-fadas.html



2 comentários:

  1. Ah, um prazer estar aqui no seu cantinho, entre tantas palavras gostosas e especiais!

    ;)

    ResponderExcluir
  2. Flah, texto perfeito. Se encaixa tão bem em tantas histórias...
    Além do mais, chego à seguinte conclusão: vida longa aos canalhas honestos pq de mocinhos levianos o inferno tá cheio.
    Cá prá nós: o melhor mesmo é deixar o
    cavalo que refuga puxando sua velha charrete. E seguir viagem, cabelos ao vento, num garanhão puro sangue. rsrsrs

    ResponderExcluir