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A cada dia que passa tenho ficado cada vez mais com medo de gente, e sinto que não estou só. Somos um bando de gente com medo de gente. Estamos nos fechando, desconfiando de tudo e de todos, guardando nossos sentimentos no porão mais fundo da alma. Estamos ficamos com medo da vida.
No entanto, não consigo passar por esse processo sem refletir, tentar entender os motivos, o porquê de tantos desacertos, desencontros. A sensação que tenho é que não estamos nos enxergando, passamos uns pelos outros anestesiados e não permitimos que nada nos toque.
Repito todos os dias, como um mantra, “viver é correr riscos, é deixar-se levar ao sabor dos momentos, é permitir que a vida te envolva com todos os mistérios, desafios, dores, alegrias”. Não dá pra gente se esconder no buraco de si mesmo e ficar observando o mundo através do olho mágico.
Seria maravilhoso se todos nós conseguíssemos entender as limitações dos outros e as nossas. Se compreendêssemos que muitas vezes não vibramos na mesma freqüência do outro, e ainda assim acreditar que as pessoas quando erram, quando nos fazem sofrer, não é porque são más, mas porque também têm medo.
É doído demais, porque na verdade tudo o que a gente mais quer, todos nós, é viver de peito aberto, coração tranqüilo. Por que não conseguimos? Se alguém tiver a resposta para essas minhas angústias, que compartilhe comigo, não quero viver trancada no porão mais fundo da minha alma.
Desejo do fundo do meu coração que eu encontre essa resposta antes que seja tarde demais, já iniciei os primeiros degraus de descida.
Giu
"Sei que as pessoas estão pulando na jugular umas das outras. Meus amigos, meus irmãos, sejamos delicados, urgentemente delicados (...) E se necessário for, cruelmente delicados."[Affonso Romano de Sant'Anna]
Jaku, qdo vc souber a resposta, me conta.
ResponderExcluirAcredito que viver é correr riscos, mas "quem já se queimou com sopa assopra até iogurte".
Às vezes nos magoamos com pessoas a quem entregamos nossa confiança, nosso tempo, as palavras mais doces, a sinceridade genuína de nosso coração e nos decepcionamos.
Daí, passamos por momentos de reflexão, de análise da relação custo-benefício. Vale a pena? Qual a receita de felicidade?
Bom, enquanto não sabemos as respostas, acho que esse período curtindo medo de gente pode ser o tempo de não ter medo de si mesmo. Aproveitar para fazer um mergulho profundo em nossa alma, corrigir o que não nos agrada, aperfeiçoar o que temos de melhor e exercer o amor próprio porque deste não nos decepcionaremos jamais.
Beijos
Seria bom a gente começar a olhar para o lado, perceber o quanto de nós há no próximo, e o quanto todos só queremos a chance de um sorriso.
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