sexta-feira, 15 de abril de 2011

SE FOR SOFRER, QUE SEJA BREVE





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Receitinha básica da Pricila Rôde para quem caiu no poço, quebrou o pescoço...

Bjs, Giu



Parte I – Olha uma ficha caindo...

Desconstruir paixões, tarefa difícil. Se apaixonar já não é fácil, pior ainda é quando o encanto pelo qual você foi enfeitiçada não passou de uma farsa, uma brincadeirinha ué. As frases não eram legítimas do coração, as canções já foram dignas de um outro alguém que não foi você, as cartas não eram suas, foi um engano. Tudo não passou de uma mentira. Ele não era tão fofo, tão inteligente, tão solidário, amável, querido, paciente. Ele simplesmente é o inexistente, quem você idealizou por tanto tempo, aquele ser perfeito. Todos sabiam disso, menos você – até pouco tempo.

Parte II – As primeiras 72 horas

Você se sente a pior pessoa do mundo em saber que a vontade de ter alguém ao seu lado e ser amada incondicionalmente foi maior que a sua sabedoria, que sua astúcia. Agora além de querer o desapego de tudo o que lhe foi condicionado, você precisa entender o motivo pelo qual alguém poderia lhe enganar por tanto tempo. Como você faz isso? Simples: Culpe o outro, crucifique–o. Chore mar de lágrimas e ligue pra Deus e o mundo com aquela vontade incontrolável de dizer: "Gente, ele não presta!"

Parte III – Lhe entregue apenas aquilo que realmente lhe pertence

Inicialmente, ouvirá apenas o que lhe convém: “Você é a única vítima de toda essa farsa e o mundo estar sendo injusto com você. Você não merece isso. Ele não tem personalidade, não sabe amar, não sabe falar... não sabe nada".

( O que você viu nele? Ele não sabe nada.Não? )

Continuando...

Você passa dias se lamentando, buscando histórias pra te consolar. Reler as mensagens gravadas no celular, olha todas as conversas guardadas no MSN, escreve textos provocativos. Tudo gira em torno de só um objetivo: Uma nova ilusão.

Lhe entregue apenas aquilo que realmente lhe pertence. Nunca somos 100% vítimas de tudo e nem 100% culpados. Ser enganada por um pseudo–apaixonado é a coisa mais normal que existe (se existir o normal). Mais normal ainda é você acreditar nele e pior, culpá–lo por todas as suas dores. Ninguém colocou vendas nos teus olhos sem que você percebesse, em algum momento, em fração de segundos a verdade apareceu e você optou em deixá-la de lado, por que ser enganada já estava de bom tamanho e acordar seria árduo.

Nos iludimos no meio de tantas qualidades. Mas veja, quem na primeira conversa vai dizer: “Oi? Tudo bem? Prazer em te conhecer, eu sou estúpido e você?". Saímos pela tangente da razão e seguimos com aquela venda nos olhos e no coração. Culpamos um alguém por não ser quem idealizamos, quando no fundo, nem ele sabe quem ele é ou você não permitiu que ele fosse.

Final – A segunda dor

Saia de cena, chegou a hora. Pula a página, erga a cabeça. Era um sonho, vamos pra realidade. Vira o jogo, não entrega as cartas. Se encare e siga. Pare de procurar o que não existe. Sair desse labirinto é mais do que necessário. Lava o rosto e vai dormir. Olha suas roupas, seus cabelos, sua boca. Você vai pra onde assim? Eu sei que dói...dói sim. Mas vambora, esqueça a hora e vá arrumar essa desordem intima. Vai brincar de amar você. Vai desvendar a luz no final do túnel que acabou de aparecer.

VAI! Coloque seu lado mulher-maravilha pra fora de vez. Aquela que tudo deu, tudo sofreu mas seguiu.






2 comentários:

  1. Adorei.
    Resumindo, como já ouvi muito de vc: "SAI DO CANO". rsrsrsrs
    Faz um tempão q a gente não usa esta frase, né, Jaku? Voltemos aos velhos tempos.
    Bjs

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  2. Giu do Céu, que delícia... faz tanto tempo que escrevi ele, foi bom reler! rsrs

    Um beijo, querida!

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