Imagem by Henrique de Jesus
Hoje, ao reler uma crônica da Ailin Aleixo, “A SEGUNDINHA”, pensei %$#@ (censura...rsrs), mais assertiva impossível. Ela começa assim “Os descompassos e os desperdícios de ser coadjuvante. A segundinha é como água: se molda. A qualquer horário, qualquer ambiente, qualquer humor (...)”, pois bem, fiquei a pensar sobre isso, refletir, tentar entender, sem julgamentos, sem preconceitos, whatever.
Muitas mulheres já passaram por isso, muitas estão passando e muitas ainda vão passar, afinal de contas, apesar de todo o clichê e de assistir nas novelas, algumas ainda insistem em brincar com fogo. Mas nessa história, como diz um grande amigo meu, não há bandido nem mocinho, só há sofrimento espalhado pelos quatro cantos e, com certeza, o lado mais fraco do triângulo é que se dá mal, a segundinha.
A segundinha é como a Rapunzel dos contos de fada, sempre disponível, esperando um chamado, um telefonema, um sinal. Sempre na esperança que um dia ela finalmente saia da torre em que vive, enclausurada e só, e assim possa viver de verdade, dividir os dramas, os problemas, os dilemas, o cotidiano, a vida. E assim, os dias passam, os anos passam e quando ela se dá conta, uma vida inteira passou diante dela sem que ela vivesse de verdade, sem que fosse de verdade amada.
Acredito que todos vocês conhecem o conto da Rapunzel e sabem como ela é libertada da torre, não? Aparece um príncipe encantado e a salva. Assim, acredito eu, é o caso da segundinha, um belo dia aparece o "segundão"** (rsrs) e quando menos se espera "já Elvis", e aí, não adianta chorar, pedir, implorar porque a Rapunzel saberá o que realmente é amor de verdade.
A pior de todas as torres são as psicológicas, aquelas que permitimos formar-se em volta de nós, aquelas que cerceiam os nossos desejos, que nos colocam vendas nos olhos, que nos proporcionam falsa felicidade. E lembre-se, cada um escolhe a história que quer viver, e se a sua escolha não te fez ou não te faz feliz, não adianta culpar as personagens porque quem escolheu o elenco foi você.
Então, "deixa Dilson" e "vamos Nelson".
Você nunca mais ficará esperando o chamado "jogue suas tranças Rapunzel", pois você terá ouvido de alguém "vem meu amor caminhar ao meu lado" e você foi. Foi ser feliz de verdade, viver uma história de verdade...
** Num cavalo branco, vermelho ou alado? (rsrs)
Pode ser pior: ir caindo de posição até virar a sextinha. rsrsrs
ResponderExcluirMuito bom Giuliana, mais uma vez...PARABÉNS E SÁBIO CONSELHO!!
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