Imagem by Trakinagem da Jaku
Observâncias...
"Em muitos trechos do caminho, às vezes bem longos, carregamos muito peso na alma sem também notar. A gente se acostuma muito fácil às circunstâncias difíceis que às vezes podem ser mudadas. A gente se adapta demais ao que faz nossos olhos brilharem menos. A gente camufla a exaustão. A gente inventa inúmeras maneiras para revestir o coração com isolamento acústico para evitar ouvi-lo. A gente faz de conta que a vida é assim mesmo e ponto. A gente arrasta bolas de ferro e faz de conta que carrega pétalas só pra não precisar fazer contato com as nossas insatisfações e agir para transformá-las. A gente carrega tanto peso, no sentimento, um bocado de vezes, porque resiste à mudança. Até o dia em que a alma, cansada de não ser olhada, encontra o seu jeito de ser vista e de dizer quem é que manda."
(Ana Jácomo)
Observâncias...
Nem sei se existe essa palavra e, caso não exista mesmo, ouso inventá-la para tentar explicar uma das coisas que mais faço, observar...a vida, o cotidiano, as pessoas, enfim, o mundo ao meu redor. Faço isso de maneira automática, e vez em quando, me pego submersa na observância, mais ainda, tentando entender o porquê das "coisas", e aí reflito, reflito, reflito...
Ontem, li a seguinte notícia, "Cláudia Raia e Edson Celulari fazem passeio em família". Acredito que muitas pessoas devem ter ficado surpresas com isso, eu não. Muitos devem ter pensado, "mas eles não estão separados?", como se ao separar as pessoas devem tornar-se inimigas, rancorosas, amargas. Outros ainda, quando eles anunciaram que estavam oficialmente separados, devem ter lamentado o FIM do casamento, eu não.
Quero deixar bem claro que não sou contra casamento, sou contra aprisionamentos. Sou a favor do amor, da alegria, do ser feliz de verdade para só assim conseguir fazer as pessoas ao seu redor felizes também. Acho muito triste uma pessoa querer aprisionar perto de si alguém quando não existe mais amor, quando a felicidade há muito foi morar em outro lugar.
Quando as pessoas são bem resolvidas e realmente felizes, conseguem manter uma relação com a (o) ex, de respeito, afeto, harmonia, e quem mais ganha com isso são os filhos, e com certeza o ex-casal também. Mas para isso algumas coisas são fundamentais, dentre elas, AMOR PRÓPRIO, AUTO-ESTIMA ELEVADA, GENEROSIDADE, MATURIDADE, etc.; amor e felicidade não combinam com POSSE, CHANTAGEM EMOCIONAL, COVARDIA, AMARGURA.
Não estou fazendo apologia das relações superficiais, das pessoas simplesmente irem pulando de galho em galho de maneira leviana, do amor consumista (não quero mais, jogo fora), sem se preocupar com o outro ou com o sentimento do outro.
O que ficou para mim da notícia sobre a Cláudia Raia e o Celulari é que eles realmente se amaram, porque mesmo não sendo mais um casal, se respeitam, se admiram, enfim, ainda se amam, de maneira especial porque deve ter valido à pena cada dia dos anos que viveram sob o mesmo teto. Nas palavras dela: "A relação durou o tempo que tinha de durar. Somos extremamente companheiros, amigos, cultivamos o respeito e o carinho, e deixamos uma enorme prova de amor que tivemos um para o outro: os nossos filhos”.
Essa observância, em especial, me fez acrescentar nas minhas orações, "Deus, não permita jamais, que alguém que não me ama mais, fique na minha vida por pena de mim. Amém".
by Giu
"Em muitos trechos do caminho, às vezes bem longos, carregamos muito peso na alma sem também notar. A gente se acostuma muito fácil às circunstâncias difíceis que às vezes podem ser mudadas. A gente se adapta demais ao que faz nossos olhos brilharem menos. A gente camufla a exaustão. A gente inventa inúmeras maneiras para revestir o coração com isolamento acústico para evitar ouvi-lo. A gente faz de conta que a vida é assim mesmo e ponto. A gente arrasta bolas de ferro e faz de conta que carrega pétalas só pra não precisar fazer contato com as nossas insatisfações e agir para transformá-las. A gente carrega tanto peso, no sentimento, um bocado de vezes, porque resiste à mudança. Até o dia em que a alma, cansada de não ser olhada, encontra o seu jeito de ser vista e de dizer quem é que manda."
(Ana Jácomo)
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