Tem dias que acordo assim, meio reflexão, meio exaustão, um certo cansaço. Cansada de gente, não de todas as "gentes", só dos medíocres. Ah! E quantos são. Quisera eu ter uma metralhadora giratória, uma "medío-mira", que girasse sem parar e só acertasse aqueles que passam a vida toda tentando ser o que não são.
Na verdade, sinto muita pena de pessoas assim, como deve ser infeliz a vida de quem não vive a sua vida, que passa a vida tentando ser como o "outro", objeto de sua admiração. Pessoas assim são carente de alma, são vampiros emocionais, não conseguem refletir-se nos espelhos, são apagados, mortos, insignificantes, sem luz.
Ainda escrevo sobre "isso" quem sabe pela necessidade latente de exorcizar definitivamente de perto de mim, mas agora chega de dedicar tempo e palavras com esses seres amórfos. Vamos falar de alegria, de brilho, de luz, de gente FURTA-COR.
Ah! Como é bom ter a alma livre, ser do bem, ser o que você é e não se importar com o que não é ou nunca poderá ser. Ser livre, livre das amarras da inveja, das algemas do ódio, das grades da hipocrisia. Bom mesmo é ser assim, feliz.
É acordar todos os dias e ter só o que agradecer, ter uma família maravilhosa, ter amigos de verdade, ter saúde pra dar e vender, ter o coração tranquilo, ter a vida pela frente refleta de coisas boas, ter o mundo a sua volta e o mundo em volta de você e para você, sempre, porque afinal de contas, o mundo é seu porque você é o mundo, é inteiro, é pleno, é radiante. O mundo não gosta de gente medíocre, o mundo gosta de gente assim como eu, que é feliz em cada minuto do viver...
E para encerrar, dedico um texto do Artur da Távola, na esperança de que ao ler, alguns medíocres da vez, comecem a realmente viver...
ORAÇÃO
(Artur da Távola)
Que o jovem, jovie e o velho, velhe. Que a moça, moce e a luz, luza. Que a paz, paze; o som, soe; a mãe, manhe; o pai, paie. Que o sol, sole e o filho, filhe. Que a árvore, arvore; o ninho, aninhe; o mar, mare. Que a mão, maõe e o pé, péie. Que a cor, core e o abraço, abrace. Que o perdão, perdoe. Que a letra, letre. Que o alvo, alve. Que o negro, negre. Que a avenca, avenque e a flor, flôra. Que o coração, coraçõe e a reza, reze. Que a criança, criance. Que tudo vire verbo e verbe. Verde. Como a esperança. E, como no princípio, sejamos verbos e inaugurais.
ORAÇÃO
(Artur da Távola)
Que o jovem, jovie e o velho, velhe. Que a moça, moce e a luz, luza. Que a paz, paze; o som, soe; a mãe, manhe; o pai, paie. Que o sol, sole e o filho, filhe. Que a árvore, arvore; o ninho, aninhe; o mar, mare. Que a mão, maõe e o pé, péie. Que a cor, core e o abraço, abrace. Que o perdão, perdoe. Que a letra, letre. Que o alvo, alve. Que o negro, negre. Que a avenca, avenque e a flor, flôra. Que o coração, coraçõe e a reza, reze. Que a criança, criance. Que tudo vire verbo e verbe. Verde. Como a esperança. E, como no princípio, sejamos verbos e inaugurais.
Que o leitor leia, que os comentaristas comentem e que os amigos amiguem aqui ..
ResponderExcluirgrande abraço minha amiga ! parabéns ...linda oração.
zé ramão