sexta-feira, 14 de maio de 2010

O verbo blogar


Imagem by Jorge Silva


Ontem postei um poeminha, toda receosa, achando infantil, sem propósito. No entanto, que surpresa boa eu tive com o comentário feito pelo parceiro blogueiro (posso te chamar assim, né?) JefhCardoso, que conseguiu captar um pouco da minha essência, do meu jeito meio moleca de ser, ao ler DIVAGAÇÕES SOBRE UMA BANANA.

Fui até o blog dele e achei este texto que compartilho com vocês e recomendo vá até lá, tenho certeza que vão gostar.

É exatamente assim que me sinto em relação ao JAKUTINGA...


O VERBO BLOGAR

O Blog, á nossa maneira, á maneira do blogueiro amador, blogueiro por amor, não dá dinheiro; mas dá prazer. Isso sim. Quando bem trabalhado dá muito prazer.

Quando elaboramos uma postagem nos percorre os sentidos uma onda de alegria. Somos tomados por uma euforia pueril. Tornamo-nos escritores ou escritoras que “parem” seus filhos; tornamo-nos editores; ou produtores; ou mesmo jornalistas, ainda que não o sejamos; tornamo-nos poetas e poetisas; contistas e cronistas; romancistas; críticos até. Queremos compartilhar o quanto antes aquilo que criamos. Criar é uma parte deliciosa do “blogar”; e blogar é a expressão máxima da democratização literária – e os profissionais que não façam caretas, pois, se somarmos todos os leitores de blog que há por aí divididos fraternalmente entre os milhões de blogs espalhados pelo grande mundo virtual, teremos mais leitores que Dan Brown e muitos clássicos adormecidos sob muitos quilos de poeira.

Postar é tudo de bom! Quando recebemos comentários o prazer é dobrado. Vem gente mais letrada que a gente, vem gente simples como a gente, vem gente nova e gente experiente; vem toda a gente; ou simplesmente não vem gente. Em meu caso, especificamente, quando não veio gente eu chamei as pessoas de meu convívio; ofereci um papelzinho do tipo convite com o link e fiquei esperando, ou então enviei o link por email; os amigos não me decepcionaram. (sorrio). A eles sigo muito grato. Pois se não são os comentários... Ai de nós blogueiros quando solitários! Confortamo-nos com a possibilidade das visualizações dos leitores tímidos.

Blogar é um jeito romântico de se escrever – só não é mais romântico que cartas apaixonadas.

Blogar é como o samba descompromissado de Noel Rosa em “Conversa de Botequim”; é como o drible de Garrincha sobre o Zé, ou as peripécias de Mazzaropi; ambos em preto e branco. Blogar é como certa filosofia da Boneca Emília, “filha” do saudoso Monteiro Lobato, que certa vez disse nas ‘Memórias da Emília’: “A vida, Senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem para de piscar, chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso... A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso. Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia. Pisca e mama; pisca e anda; pisca e estuda; pisca e ama; pisca e cria filhos; pisca e geme os reumatismos; por fim pisca pela última vez e morre.”

E blogar é uma linda maneira de se entre piscar; é “altruísmo ego centrista”: (sorrio); é divino e sagrado; é romântico e prazeroso; é sonhar e realizar; é compartilhar enfim.

Obs. A citação é um trecho do livro Memórias da Emília, de Monteiro Lobato.

Para ler mais textos de JefhCardoso http://jefhcardoso.blogspot.com/

2 comentários:

  1. Giuliana, essa é a maior honra para um blogueiro. Fico muito feliz que meu texto tenha lhe agradado ao ponto de levá-lo para a sua casa. (sorrio). Venha quando quiser e peque o que tiver vontade de levar. Muito obrigado! Fico honrado.

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  2. Giuliana, só mais uma coisa. (sorrio). Eu poderia estar matando, roubando, estuprando, mas estou pedindo: Posso lhe pedir? É que meu blog está concorrendo ao Prêmio Top Blog e eu preciso de seu apoio com um volto. O selo para votar está em meu blog. Posso lhe esperar? Abraço e grato desde já.

    Jefhcardoso

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